Yellow reminiscence


Hospitais, urgências, médicos, enfermeiros, aparelhos estranhos, agulhas, transfusões… You name it. Been there.
Desta vez, foi apenas um examezito, daqueles de check-up, mas foi o bastante para acordar com um nó na garganta. Enfrentar mais uma ida ao hospital, não é propriamente o meu programa preferido em meados de Agosto, diga-se.
Hospital que é hospital tem que ter um tempo de espera, aproximadamente de pelo menos três horas. Claro, porque assim as pessoas têm oportunidade de se conhecer nas inúmeras salas de espera e contar todo o seu historial de padecimento, mesmo que não tenhamos mostrado o minimo interesse em saber que a pneumonia é prima da bronquite aguda, poupando trabalho aos médicos. Uma tosse aqui, um espirro ali. Um Ai aqui, outro Ai acolá! E lá, ficamos a saber que afinal ainda somos primos muito afastados.
O mais risível de tudo e que me faz cismar é: O porquê de serem convocadas 20 pessoas para exame, TODAS, para a mesma HORA??? Hmmm... O que seria perfeitamente compreensível, se os médicos fossem Super-heróis/Super-Doutores. E despachassem o povo, num piscar de olhos. Será? Hmmm... Fico confusa com este sistema de saúde, pois, claro que fico.
Ora, entramos num verdadeiro labirinto de corredores, salas, salinhas e saletas, até encontrar uma mini placa a dizer informações. (Sorte eu não sofrer de miopia). Ora, estamos mais 30 minutinhos á espera, porque a auxiliar médica está numa reunião importantíssima com as colegas sobre o que raio vão comer ao almoço. (São precisamente 8 da manhã). Tudo isto para entregar um papel e ser encaminhada para uma sala-de-espera cor de ocre.
Esperamos mais um bocado. Esperamos, entre tosses, suspiros e sorrisos amarelos, até ouvir o nosso nome e seguimos atrás de uma menina com uns sapatos alienígenas, que masca chiclete como se não houvesse amanhã e fala muito alto, como se fossemos uns retardados surdos. Todos em filinha para outra sala mais pequena. E esperamos mais um bocado.
Ora, a este ponto estamos prestes a estiolar, porque em jejum e com toda esta actividade não há atleta olímpico que resista.
Esperamos e aguardamos, mais um bocadinho… ZzzzzZ zZZZzzzZ e zZZZzzzz…Esperando…
... Até que, finalmente, vem uma senhora vestida com um lençol azul e sapatos de borracha com uma cor muito duvidosa. (Deve ser moda hospitalar, porque quanto mais berrante. Melhor!)
Lá seguimos, desta vez para um corredor. . . Aí, voltamos a esperar. Uffa
Esperando…. (30 minuts later)
E eis que, finalmente, somos atendidas. Cinco minutos depois já estamos aviadas (como disse o médico). E apenas temos que entregar um papel para ir emborinha despachadas. O que pode demorar entre 30/50 minutos, aproximadamente, porque não queremos interromper mais uma reunião importante. Enfim.
As auxiliares é que tinham razão porque já são horas de almoçar.
E é para isto que pagamos impostos!





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