Micos




A arte de micar nasce connosco mas, tal como todas a as outras artes, vai-se aperfeiçoando. Micar, deitar o olho, dar uma espreitadela, estar no controle, lavar a vistinha, cada um chama-lhe o que quer! Certo é que durante estes anos passados na Universidade as histórias com os Micos foram aumentando. Os meninos do Bairro Amarelo, colegas de curso, frequentadores do ginásio, os que trabalham na noite, os que vão aos mesmos cafés que nós, ou simplesmente os que passam por nós na rua, todos podem vir a ser Micos. Tem é que haver algo que nos chame a atenção, pois o júri é exigente! E nem sempre há consenso…
Apesar de serem todos catalogados como Micos, eles dividem-se em vários grupos: os Micos próprios, os Micos de todas, os Micos giros e os Micos cromos. Rapidamente sentimos necessidade de arranjar códigos e nomes fictícios porque, como é sabido, as paredes têm ouvidos!!
O vizinho da frente era assim o que se chama um pão! No meio de brincadeiras, enquanto falávamos dos seus atributos físicos, surgiu o nome de Ice, porque é caso pra dizer “Ai se te apanho”!! Mais tarde apareceu o Ice Cream, que é daqueles de comer e chorar por mais, e o Ice Tea em homenagem aos seus lindos olhos verdes. O Mono e o Rissol, grandes amigos do Ice Cream juntaram-se ao grupo.
A Luny ficou fã do Rissol e ia (e vai!) suspirando cada vez que pensava nas costas dele… A Bibendum, nesta altura, suspirava pelo Tony!
Devo dizer que o grupo dos Micos só começou a funcionar como tal no ano passado, ano de muitas borgas e noitadas! Eu e a Luny picávamos o ponto na noite praticamente de segunda a quinta (à sexta íamos pra casa), porém as outras amigas só saiam de vez em quando. A romaria pró BA era constante, sempre antecedida de café e copos nas esplanadas do Gota! Assim, os meninos que nós micávamos ou que nos micavam a nós passaram a fazer parte do grupo dos Micos!
Apareceram também o Mico Peludo e Mico Trocado, a quem devemos o nome deste fantástico conjunto de exemplares masculinos! Descobrimos mais tarde que o Mico Gaspar, que nos agrada a vista enquanto se passeia pelo Bairro Amarelo, era amigo deles.
Eu trouxe o Mico Piu (o pintainho) pró grupo, e com ele vieram vários amigos, como o Príncipe Nórdico, o Dr L., o Esquisitinho e o Esquisitão!
O Zé Moreno, o Três Malinhas, o “ Ai s’ele cai vai-se partir” e companhia preenchem a caderneta dos Micos cromos.… Este grupo é de se fugir!! Não pela pouca beleza que têm, não por serem atarracados (que são!!!), mas porque quem não sabe abordar uma menina com educação não é digno de receber um sorriso cá da malta.
Em todo o lado estamos de olho bem aberto! Quem disse que ir estudar pra biblioteca é chato? Entre livros e estantes arranjamos os Micos Erasmus: o Manolo, o Pablo, o Lambe Munelhos e o Colombiano. As noites no BA e no Enterro da Gata serviram pra praticar a língua espanhola. Também demos um jeito a falar Italiano com os Micos Miccolis e com o “Piedro Paulo”!
Aquisição recente (muito boa por sinal, sendo dos poucos que enche as medidas de todas) é o Vício! Andamos a ver quem tem coragem pró convidar pra um café! A esse e aos outros, é que já não há homens, nem Micos, como antigamente…
Pérola Negra

1 Vizinho(s) mais amarelo(s):

Carla Oliveira disse...

Finalmente consegui que tu e a Bibendum postassem alguma coisa no blog... Sim,porque afinal o blog é nós as três e já precisava de uma lufada de ar fresco. Quanto aos Micos as coisas passam-se mesmo assim, mais divertido não podia ser... Afinal de contas são eles que fazem a nossa vivência no bairro amarelo tão amarela!!!!