A carta

No montinho das cartas que tinham chegado consegui ler, numa delas, o meu nome.
A parte do remetente estava em branco, apenas tinha o meu nome completo e a minha morada numa letra tão característica. Sorri de emoção.
Peguei nela, fui isolar-me no escritório.
Com a carta fechada, consegui ver, perfeitamente, o papel, escondido lá dentro, num azul celeste, salpicado de nuvens brancas. Consegui ver a caligrafia, tão familiar, a linguagem que tão bem conheço, as letras pintadas em tinta azul, a força das palavras.
Fiquei a olhar para ela muito tempo, admirada com o imenso poder que sabia que tinha aquela carta, mesmo ainda estando fechada.
Chegou ontem, mas ainda não a abri...
Sei que vai ter impacto.
Sei que vai ser muito bom ler o que está lá escrito.
Sei que vai incentivar a pequenas e grandes mudanças na minha vida. Por isso mesmo estou a guardar a abertura da carta para o momento certo. Assim como também foi certo o momento em que ela chegou...

2 Vizinho(s) mais amarelo(s):

Poetic Girl disse...

Eu confesso que não sei se resistiria a abri-la! Sou uma impaciente confesso! bjs

Anónimo disse...

Eu tinha lido a mesma no momento que a vi.
Beijinhos