Toma um copo de água


Esse cuidado de te preservares tanto (...).

Essa vontade de fugires, de saíres a correr quando alguém mostra que começa a conhecer-te, embora não te reveles, e essa vertigem de ficares. Essa indomável sede de alguém - e de não estares com ninguém.

De envolveres carícias em palavras. Essa vontade de mudares sem renunciar a nada. Essa fome de ímpossiveis. Como pensar no meio desta confusão contraditória? É verdade e mentira, está bem e está mal, e não há saída.



Nada a fazer. Toma um copo de água"



(Héctor Abad Faciolince)

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