Um bilhete para a freakoladia sff...


As viagens de comboio nunca são entediantes, todas as semanas há uma história hilariante, que já nem fico surpreendida com os Parolos que encontro no caminho.
Calha-me sempre na rifa o maior cromo, daqueles mesmos cromos, os que se estivessem numa caderneta de cromos seriam os de platina. Porque é que num comboio cheio de lugares vazios, vem sempre sentar ao meu lado o verdadeiro néscio, assim como o “homem que não consegue manter uma distância socialmente aceitável”.


Há de tudo, os que falam sozinhos, os que tresandam a tasca, os que insistem em contar a sua vida na prisão, a da vizinha, as histórias assombrosas do amante da mulher, há os que gritam, os que falam tão baixinho que temos que abanar a cabeça fingindo que estamos a perceber a conversa, os que comentam o que estão a ler na “Maria”, os que pedem a nossa opinião sobre o tempo. Há os do Perdigoto que mais parece uma bazuca disparando em todas as direcções ainda com o cheiro da açorda de alho que comeram ao pequeno-almoço.


Ah, mas o pior é mesmo quando fingimos que estamos a dormir, vem o pachola e toca-nos no braço, uma… duas… três… vezes. (Tipo: escuta, estou a falar contigo). E eu só penso: Ó parolo!!! E eu estou a tentar dormir sossegadita. Fogo, porque é que não te calas!!! Surreal q.b. …
Chega até a ser hilariante que a maior parte das vezes penso que devo ter-me enganado a tirar o bilhete e que se calhar tirei um bilhete para a freakolandia.


Mal posso esperar para a próxima viagem á twilight zone... (not)




Só me sai duques e cenas tristes….


a bibendum

1 Vizinho(s) mais amarelo(s):

Carla Oliveira disse...

Há que encarar cada viagem como uma aventura! Vê lá não te passes ao ponto de fazeres o combóio descarrilar, eheheh! Kiss